CULTURA REVISTA BAHIA 

Axé da Bahia e Samba do Rio se encontram na Carnavália-Sambacon

Bloco Ilê Aiyê de Salvador e a bateria da Mocidade Independente agitam segundo dia da Feira de Negócios do Carnaval

A programação da edição 2017 da Carnavália-Sambacon apresentará um encontro da cultura popular do Rio de Janeiro com a da Bahia. Na sexta-feira (14), os visitantes poderão, após as mesas de debates, cair na folia ao som do ritmo de dois gigantes do Carnaval,  a bateria da campeã Mocidade Independente de Padre Miguel e também do Ilê Aiyê, bloco popular  de Salvador, que conta com uma história de mais de 40 anos cantando a saga do povo de raiz africana.

 

– Estamos vivendo um momento muito importante e decisivo para a cultura popular. O Carnaval de rua, representado pelo Ilê, e o desfile das escolas de samba são duas das maiores representações que temos hoje em dia e que precisam de investimento para levar cada vez mais retorno aos cofres públicos. O Carnaval da Bahia e o Carnaval do Rio são um investimento altamente rentável para as duas cidades e é isto que a Carnavália quer mostrar, diz Amaury Wanzeler, da AMI7.

Além do encontro do Ilê Aiyê com a Bateria Não Existe Mais Quente, a Feira de Negócios também contará com o show dos Bois Garantido e Caprichoso  que chegam do Festival de Parintins e que encerram a Carnavália em uma apresentação com a bateria da Portela. A Carnavália-Sambacon acontece de 13 a 15 de julho, no Centro de Convenções Sulamérica. Os ingressos estão sendo vendidos através do site www.carnavalia.net.

 

Sobre o Ilê Aiyê

 

O Ilê Aiyê, primeiro bloco afro da Brasil, nasceu no Curuzu, Liberdade, bairro de maior população negra do país, com aproximadamente 600 mil habitantes. Fundado em 1º de novembro de 1974, com o objetivo de preservar, valorizar e expandir a cultura afro-brasileira, o Ilê, ao longo de sua trajetória, vem homenageando países africanas e revoltas negras brasileiras, que contribuíram fortemente para o processo de identidade étnica e autoestima do negro. O Mais Belo dos Belos apropriou-se popularmente da história africana para trabalhar a construção da história do negro no Brasil.

 

A Diretoria do Ilê ainda hoje afirma que o principal objetivo da organização é a “expansão da cultura de origem africana no Brasil” e tem perseguido este objetivo de formas variadas. Além da presença marcante no carnaval, onde a temática, fantasia, canção e danças têm como referência exclusiva o negro.

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