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PIETRO COSTA NA DELEGAÇÃO BRASILEIRA: XV FESTIVAL INTERNACIONAL DE POESIA EM BUCARESTE.

O Festival Internacional de Poesia de Bucareste – FIPB, fundado em 2012, é promovido pelo Museu Nacional da Literatura Romena (MNLR), e reúne vozes significativas da cena poética mundial.

O FIPB, nessa edição de nº XV (15 a 21 de setembro de 2025), designou uma autêntica celebração planetária da palavra. Durante uma semana, poetas oriundos de todos os continentes se encontraram em recitais, mesas-redondas, oficinas, visitas culturais e diálogos abertos ao público.

Bucareste em 2025 foi uma ágora viva da poesia mundial.

Sim! A literatura, com sua universalidade, se faz fluente na propagação de pensamentos e emoções, na expressão da complexidade humana, em todas as línguas.

No gracioso Jardim do Museu de Literatura de Bucareste, disseminaram-se fecundas sementes de poesia, advindas da Romênia, Suécia, China, Colômbia, Uruguai, Portugal, Itália, Honduras, Espanha, México, Suíça, Alemanha, Grécia… E do Brasil!!!

Honra imensa para o escritor, poeta e ativista cultural de Brasília/DF, Pietro Costa, ter representado a força poética brasileira na noite de 18 de setembro de 2025, ladeado das luminosas poetas Bernadete Saidelles (Rio Grande do Sul) e Eva Potiguara (Rio Grande do Norte), e da Presidente da Literarte Izabelle Valladares (Rio de Janeiro).

Estar na Romênia, terra do imortal Mihai Eminescu, representando Brasília e o Brasil, foi um privilégio que Pietro Costa carrega como travessia literária e humana.

A poesia, naquele período de 15 a 21 de setembro, não foi apenas palavra — foi ponte entre culturas, foi pássaro em voo entre continentes.

Desde os primeiros momentos, os brasileiros foram recebidos com afeto, simpatia e respeito por todos, em especial pelo notável escritor Dino Flamand, tradutor para o romeno de Fernando Pessoa, Clarice Lispector, Carlos Drummond de Andrade, entre outros; pelo adido cultural Ronaldo Vieira; pela professora PhD Alina Bianca Andreica (Associate Professor in Computer Science; Faculty of European Studies; Manager – UBB Brazilian Centre “Casa do Brasil” e Babes-Bolyai University, Cluj-Napoca, Romania); e pela Professora Gabriela Toma, PhD, Diretora do Museu Nacional da Literatura Romena.

No Festival, a delegação brasileira não foi apenas espectadora: fomos protagonistas de uma troca viva, levando nossas obras na ágora da poesia mundial em setembro, a capital romena, que acolheu representantes de cerca de trinta (30) países.

A brilhante delegação brasileira cativou todos os olhares e atenções: Izabelle Valladares com sua oratória veemente e emocionada; Pietro Costa, Bernadete Saidelles e Eva Potiguara com a força de suas vozes poéticas, origens e legados.

Como os violinos romenos modulam melodias de dor e júbilo, também a literatura brasileira faz vibrar seus ritmos marcantes, ora suaves como uma bossa-nova ou chorinho, ora candentes como o samba de raiz ou o batuque ancestral que emana de nossas matrizes afro-indígenas.

A identidade multifacetária denota a literatura brasileira hodierna, feita de todos os cantos com sol e tempestades, com sonhos que resistem, com dores que dançam.

A brasilidade deu o tom em Bucareste, com sua potência lírica, crítica, inventiva, popular e vibrante, descortinando-se em horizontes de fraternidade, beleza, esperança e resiliência. E no diálogo intercultural, ganha a oportunidade de reafirmar a sua universalidade.

A pulsação viva da criação literária brasileira, ao se fazer ouvir em solo romeno, vibra na mesma cadência em que Eminescu sonhou a imortalidade da poesia e Brâncuși plasmou na matéria a busca do infinito.

O mundo precisa ouvir, com a mesma reverência que têm por Neruda ou Lorca, nomes como Cecília Meireles e sua poética intimista e visceral; Drummond e sua caneta-diamante que lapida pedras em jóias poéticas; Conceição Evaristo e seu grito lírico ancestral e visceral que fura silêncios; Manuel Bandeira e seus versos descomedidos; Manoel de Barros e seu lirismo de “apanhar” desperdícios; Hilda Hilst, que ousou fundir o erótico e o metafísico; e Augusto dos Anjos, cuja visceralidade poética ainda hoje nos arrebata, pela modernidade, entre tantos outros!!

O autor brasiliense teve a honra de doar exemplares de Requintes de Sensibilidade, Eclipser e SolRidente ao adido cultural Ronaldo Vieira e à professora PhD Alina Bianca Andreica.

Esses gestos simples, mas carregados de simbolismo, reafirmaram a missão da comitiva do Brasil: semear integração, firmar laços, edificar pontes.

Importa lembrar também da noite mágica de 18 de setembro, nos jardins do Museu de Literatura, quando Pietro Costa cedeu um exemplar de SolRidente ao artista romeno Vlad Galatianu, que, para a surpresa dos presentes, encerrou a programação da data com uma apresentação de bossa nova. Foi como se Brasil e Romênia se dessem as mãos em forma de música.

Um dos momentos mais emocionantes foi a visita da delegação brasileira no dia 19 ao Liceul Teoretic Eugen Lovinescu, o maior centro de ensino de língua portuguesa vinculado ao Instituto Camões na Romênia.

Que satisfatório encontrar com jovens vibrantes, curiosos, que não hesitaram em recitar, perguntar, sonhar. Doações de livros, conversas fluentes, impressões partilhadas.

A delegação do Brasil percorreu os corredores adornados com as placas da Expo Romênia 2025, onde as obras de Pietro Costa Indizível, Gritantes Feições, Voz Incorruptível, Olhares Fugidios e Amor Genuíno estavam expostas.

Sim! A poesia é mesmo o idioma universal da fraternidade e da paz, capaz de dialogar mesmo com os corações mais hostis.

Mas a arte poética não ficou limitada aos palcos e auditórios. Bucareste ofereceu aos representantes brasileiros também sua arquitetura monumental — o Parlamento, a herança histórica de uma cidade pujante — e a beleza de espaços como o Castelo de Peles, em Sinaia, e a Igreja Negra de Brașov.

Foram vivenciadas confraternizações memoráveis, como o encontro no restaurante The Mark, onde a delegação brasileira alinhavou estratégias, riu, partilhou confidências e fortaleceu laços de amizade.

Houve também instantes mais descontraídos no centro da cidade, explorando a vida noturna e a gastronomia romena — porque a cultura se usufrui também à mesa.

Em cada esquina de Bucareste, em cada olhar trocado, em cada aplauso sentido, percebi que a poesia não é apenas literatura: é diplomacia, é afeto, é história, é resistência.

Pietro Costa é efusivamente grato a Deus, à família, aos amigos incentivadores, à Literarte, à Embaixada do Brasil, ao Itamaraty, ao Museu Nacional da Literatura Romena, à Gabriela Toma, às Arcádias Literárias e Entidades Culturais das quais é membro, e a todos que tornaram esse encontro possível.

Volta ao Brasil com a certeza de que a poesia pode, sim, transformar o mundo — verso a verso, encontro a encontro.

E deixa aqui o convite: sigamos juntos, porque a sua longa travessia literária, de costa a costa, está apenas no início.

Que novos e atuais poetas, contemporâneos e vivos, possam romper fronteiras e serem com justeza reconhecidos além-mares graças à sua vastidão criativa.

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